Aquisições dobram o valor das ações da Brazil Pharma

Brazil Pharma

Papéis, do grupo BTG Pactual, saltaram 95%, para R$ 15,30, desde o IPO em junho de 2011

A sequência de aquisições orquestrada pelo bilionário André Esteves na Brazil Pharma nos últimos dois anos quase dobrou o preço da ação e estabeleceu um modelo de crescimento que vem sendo seguido por outras redes de farmácias.

A Brazil Pharma, controlada pelo Grupo BTG Pactual, saltou 95%, para R$ 15,30, desde a abertura do capital, em junho de 2011. A empresa multiplicou sua receita por seis no período com seis aquisições. E
ssa disparada supera o retorno de 12% do índice Small Cap da BM&FBovespa no período e a queda de 8,3% do Ibovespa.

Esteves aproveita o aumento de 31% na renda per capita nos sete anos até 2011 que impulsiona a demanda por medicamentos no país. Seu sucesso está ajudando a levar empresas locais e internacionais, como a Hypermarcas, a buscar maior participação de mercado no País por meio de aquisições de concorrentes menores, segundo o Banco Bradesco e a corretora Coinvalores, sediada em São Paulo.

“A estratégia e a notável performance da Brazil Pharma atraíram atenções não apenas de empresas nacionais como de grandes companhias de outros países”, disse Sandra Peres, analista da Coinvalores, em entrevista por telefone. “Considerando o lucro potencial e o fato de que o mercado ainda é bastante fragmentado em pequenos estabelecimentos, o processo de consolidação apresenta muitas oportunidades.”

As assessorias de imprensa da Hypermarcas e do BTG não quiseram fazer comentários.

“O interesse recente de outras empresas em nosso mercado é só o último avanço na tendência de consolidação, disse
Otavio Lyra, gerente de relações com investidores da Brazil Pharma. ‘‘É natural, considerando que as vendas têm crescido a
uma taxa anual de 10% por mais de uma década no Brasil. Nem mesmo a crise econômica afetou o desempenho do setor
porque remédios serão sempre uma necessidade básica”, completou o analista.

Fonte: Brasil Econômico