Rede Panvel planeja abrir mais de 90 farmácias até 2017

O grupo Dimed vai dobrar o ritmo de expansão orgânica da rede de farmácias Panvel a partir deste ano. Das 14 e 15 novas lojas agregadas à base em 2012 e 2013, respectivamente, o número vai pular para 30 em 2014 e deve somar “mais de 90” no acumulado dos três anos seguintes, disse o vice-presidente Júlio Mottin Neto.

A meta a partir de agora é ampliar o tamanho da rede em torno de 10% ao ano. Segundo ele, o foco atual da expansão é o Paraná, que encerrou o ano passado com 23 lojas – todas em Curitiba – e receberá mais 15 em 2014, incluindo as primeiras unidades fora da capital do Estado, em Londrina e Maringá. Em 2017, a Panvel pretende desembarcar em São Paulo.

A varejista responde por 65% da receita bruta do grupo, que foi de R$ 1,89 bilhão em 2013 e deve alcançar R$ 2,14 bilhões neste ano, disse Mottin. Outros 33% vêm da distribuidora Dimed e 2%, do laboratório Lifar. No fim do ano passado a rede de farmácias era formada por 307 lojas, sendo 252 no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina havia 32 e, se as projeções se confirmarem, a Panvel terá cerca de 430 pontos no fim de 2017.

Na próxima quarta-feira a companhia vai concluir a transferência da matriz deFlorianópolis para o município de Eldorado do Sul, na região metropolitana.

A maior parte do plano de crescimento está dentro do programa de R$ 220 milhões em investimentos já anunciado para o período de 2012 a 2016. Só a nova matriz, junto com um centro de distribuição (CD) automatizado de 15 mil m2, absorverá R$ 80 milhões do total, enquanto as novas lojas previstas para este ano exigirão R$ 40 milhões, incluindo estoques, ante R$ 25 milhões em 2013.

O CD de Eldorado do Sul vai substituir o atual, localizado na mesma área onde a matriz do grupo vai operar até o dia 30 e que já foi vendida por um valor não revelado para a construtora Cyrela. A empresa tem ainda um centro de distribuição menor em Passo Fundo, na região central do Rio Grande do Sul, e outros em São José (SC) e Maringá (PR), que daqui a três anos devem ser substituídos por uma nova estrutura centralizada no Paraná.

Segundo Mottin, a Panvel prefere o crescimento orgânico devido à dificuldade de aquisições, seja pela informalidade que marca boa parte do setor, seja pela inexistência de redes menores com pontos de venda adequados aos padrões da empresa. A maioria dos investimentos é bancada com caixa próprio, com exceção de parte da implantação da nova matriz, que foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) repassados pelo Badesul, agência de fomento do governo do Rio Grande do Sul.

Fonte: Valor Econômico