Farmácia faz papel de supermercado no Brasil, com 30% do faturamento vindo de fora do balcão

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Explorar as oportunidades de venda de produtos de saúde, beleza e bem estar, junto com a tendência de compra da população, é fundamental para o aumento do faturamento nas farmácias e drogarias.

O conceito de farmácia muda de um Estado brasileiro para o outro, apesar de a lei federal nº 5.991, de 1973, estabelecer que farmácias e drogarias tenham de ter suas vendas restritas a medicamentos. Nos últimos anos o mix desses estabelecimentos ganhou novos contornos.

A média nacional aponta que 70% da receita vem da comercialização de remédios e os outros 30% de produtos não ligados à saúde, como higiene e beleza, além de alimentos, bebidas, e até eletroeletrônicos, em alguns casos, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A expectativa é de que, no curto prazo, a participação de não medicamentos represente até 40% do total do faturamento.

Dirceu Barbano, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), disse que a agência pretende discutir essas “distorções” do conceito de farmácia no País. “A sociedade brasileira tem uma visão americanizada, que vê farmácia como loja de conveniência.” Segundo Barbano, a Anvisa está amparada na lei, mas entende que há situações diferentes em vários Estados, amparadas por liminares e legislações locais. “Defendemos o modelo de que farmácia é o local para a venda de medicamentos”, afirmou.

Fonte: Supermercado Moderno