A regulação atinge 9.120 medicamentos e definiu três níveis de ajustes
As farmacêuticas estão autorizadas a adotar a prática desde a última terça-feira (31/03), quando a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) publicou resolução no Diário Oficial da União. A regulação atinge 9.120 medicamentos e definiu três níveis de ajustes: 7,7% (um); 6,35% (dois); e 5% (três).
Pesquisa mostra que só 50% do aumento foi repassado para o consumidor
Após o reajuste de 5% a 7,7% no Preço Máximo ao Consumidor (PMC) de medicamentos em abril, muitas farmácias ainda mantêm valores próximos aos praticados antes. O índice regula o teto a ser cobrado por medicamentos, mas, para atrair clientes, várias redes repassam apenas uma parcela do acréscimo para o consumidor final. Os dados são da plataforma que monitora preços do setor na internet, MultiFarmas.
Segundo o sócio da empresa, a maioria dos varejistas limitou a alta em 50% a 70% do reajuste permitido. “Comprar pela internet ficou ainda mais interessante nesse momento, quando os e-commerces conseguem segurar o aumento”, explica. Para as farmácias, manter os preços mais baixos significa conquistar novos clientes e fidelizar antigos. Em geral, a medida é adotada enquanto os estoques ainda não foram repostos. Leia mais ›
Saiba explicar o aumento no valor dos produtos para seus clientes
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) fixou em 6% o ajuste anual médio do preço máximo dos medicamentos. O índice se mantém abaixo da inflação dos últimos 12 meses, cujo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de março de 2014 até fevereiro de 2015 foi de 7,7%. Para a fixação do valor são seguidos critérios técnicos definidos na Lei Federal 10.742/2003, que consideram a produtividade da indústria, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor, além da inflação do período.
Paracetamol em gotas pode ser encontrado por R$ 1,50 ou R$ 8 na cidade. Conselho Regional afirma que população tem de fiscalizar ‘valores abusivos’.
Os preços dos medicamentos genéricos podem apresentar variações de até 433% em farmácias de Piracicaba (SP), segundo levantamento feito pela EPTV, afiliada da TV Globo. Os remédios estão mais caros neste mês, depois que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) autorizou novos percentuais para reajuste nos valores.
Entre os preços encontrados pela reportagem está o do paracetamol em gotas, que pode custar R$ 1,50 ou R$ 8, dependendo do estabelecimento farmacêutico. A variação percentual no caso deste medicamento pesquisado é de 433%.