O governo anunciou na última quinta-feira (11/04) em São Paulo uma linha de crédito no valor de R$ 7 bilhões para incentivar a produção nacional de remédios. Os recursos buscam estimular a inovação nas empresas que produzem remédios biológicos, especialmente para o tratamento de câncer e artrites, e nas dedicadas ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos.
Os créditos serão transferidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que liberará recursos no valor de R$ 5 bilhões e do próprio Ministério, que disponibilizará R$ 2 bilhões.
O Ministério da Saúde anunciou também oito acordos com laboratórios públicos e privados. Os acordos, informou o Ministério, têm prevista a transferência de tecnologia estrangeira para a produção de equipamentos médicos e de cinco remédios para tratamentos de aids, alzheimer, aneurisma cerebral, malária e leishmaniose, que são atualmente importados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Os equipamentos médicos serão utilizados para o tratamento de um tipo de anemia e por incapacitados auditivos. Com a produção nacional, o Ministério calcula que o país economizará nos próximos cinco anos R$ 354 milhões e poderá atender através do serviço público de saúde cerca de 800 mil pessoas.
Com os oito acordos, o Brasil passa a ter 63 desse tipo com 15 laboratórios públicos e 35 privados na produção de 61 remédios e equipamentos, que representam uma economia de R$ 2,5 bilhões, segundo dados da “Agência Brasil”.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou do lançamento dos programas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), qualificou os acordos como um instrumento de “segurança” para os pacientes “independente de qualquer crise internacional”.
Fonte: Agência Efe