Fabricantes de produtos de higiene e beleza, de automóveis e de alimentos são aqueles que gozam de melhor reputação com os consumidores brasileiros
Já os planos de saúde e as empresas de telefonia estão mal na fita. Os dados constam do primeiro Índice de Reputação Empresarial Imagem Corporativa/Datafolha, que avaliou dez setores.
O índice foi calculado com base em pesquisa de opinião sobre qualidade, capacidade de inovação e comportamento ético das empresas, a partir de uma metodologia desenvolvida pelo instituto Datafolha para a agência Imagem Corporativa.
Foram ouvidas 2.013 pessoas, em 135 municípios do país, entre os dias 4 a 8 de agosto. “Pretendemos monitorar a reputação das empresas com os consumidores a cada seis meses”, diz o presidente da Imagem Corporativa, Ciro Dias dos Reis.
A agência já publica, com periodicidade trimestral, um índice de crises corporativas, o IC Crisis Index, com base em notícias sobre empresas veiculadas na imprensa nacional. E outro sobre a imagem do Brasil no exterior, o I See Brazil.
Dos três quesitos pesquisados para o novo índice, a ética empresarial, entendida como “agir de maneira correta e transparente”, seja na venda ou no pós-venda, foi aquela em que as empresas tiraram as piores notas. “Há casos em que a ética não é ruim, mas o indicador fica sempre abaixo da qualidade”, diz.
Reis ressalta que houve, ao longo dos últimos anos, uma grande evolução em relação à qualidade dos produtos, enquanto o atendimento, ainda que tenha melhorado, deixa a desejar.
“Os automóveis já não são mais carroças, evoluíram bastante. No entanto, as pessoas não se veem tão bem atendidas pelas empresas.” Os dez setores foram selecionados pelo grau de interação com os consumidores. Além de exibirem marcas amplamente conhecidas, são setores que oferecem produtos ou serviços consumidos regularmente.
De zero a dez, a nota máxima obtida pelo setor mais bem avaliado, de higiene e beleza, foi 7,4 em qualidade e em inovação e 7 no quesito ética.
Depois dos já mencionados automóveis e alimentos, o quarto setor mais bem avaliado foi o varejo. Em seguira vieram as companhias aéreas, fabricantes de bebida, bancos, empresas de cartão, empresas de telefonia e planos de saúde.
MOTIVO DE REJEIÇÃO
A pesquisa também avaliou os motivos que levam as pessoas a rejeitar determinado produto ou serviço.
A falta de qualidade foi apontada como principal razão para 56% da população pesquisada, em uma pergunta estimulada com opção de múltipla escolha.
O segundo e o terceiro motivo revelam o peso da publicidade, para o bem e para o mal: uma marca desconhecida ou uma marca que não cumpre o que promete (propaganda enganosa) foram apontadas como motivo de rejeição para 34% e 37% dos entrevistados, respectivamente.
Fonte: CRF-MG