Três propostas teriam sido feitas ao grupo Drogaria São Paulo e Pacheco.
Cresce o interesse de grandes grupos estrangeiros do setor de farmácias no Brasil. Quase dois anos após adquirir a Onofre, a americana CVS dá duro para comprar a Drogarias São Paulo e Pacheco. Segundo analistas, três propostas já teriam sido feitas, sendo a mais recente delas costurada ao redor de cifras superiores a R$ 6 bilhões, todas recusadas pelo sócio controlador do grupo e responsável pela gestão da carioca Pacheco, Samuel Barata. A companhia brasileira não comenta o assunto. Procurada, CVS não respondeu.
Esse interesse pelas redes de drogarias brasileiras é embalado por uma expansão anual de causar inveja à China. As grandes redes viram seu faturamento subir, em média, 15% em 2014, de acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drograrias (Abrafarma), que reúne uma fração inferior a 10% das cerca de 68 mil farmácias em operação no País. O Brasil deve saltar de 10º para 4º maior mercado farmacêutico entre 2008 e 2018, segundo dados da IMS Health, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.
“Com o acelerado envelhecimento populacional, os estrangeiros virão. A CVS, por exemplo, parece ter comprado a Onofre para entender o mercado e o consumidor brasileiros. Agora, estaria em busca de ativo que garanta escala para atuar no Brasil. Avalio que o acordo com a Drogarias São Paulo e Pacheco é questão de preço”, diz o analista do Banco Fator, Caio Moreira.
Fonte: Guia da Farmácia