Tire as dúvidas dos consumidores no ponto de venda
A diferença entre esses produtos é ainda pouco conhecida, e por isso, seu uso costuma ser evitado por alguns consumidores. A coordenadora do curso de farmácia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Mirna Martins, explica: “Os três tipos são diferentes, mas o resultado é o mesmo, quando o medicamento possui o mesmo princípio ativo, dosagem, posologia, via de administração e forma farmacêutica (apresentação). Ou seja, eles podem ser igualmente recomendados sendo que sempre prevalece a escolha do usuário”.
Os medicamentos de referência, também conhecidos como “medicamentos de marca”, são aqueles inovadores no mercado. Ou seja, eles são produtos novos em relação ao princípio ativo, forma farmacêutica, posologia ou via de administração, quando comparados aos já existentes. São medicamentos que antes de serem comercializados passaram por várias fases de pesquisa. São comercializados por um nome fantasia e geralmente são produzidos pelas indústrias farmacêuticas multinacionais de grande porte.
Os medicamentos genéricos são considerados “cópias” dos de referência, porém, diferem dos de referência em alguns aspectos (princípio ativo, forma farmacêutica, dosagem, posologia e via de administração), pois não passam pelas mesmas etapas de planejamento, desenvolvimento e melhorias físico-químicas e farmacológicas. Os genéricos só podem ser produzidos e comercializados após expirar o período de patente do medicamento de referência. Entretanto, os genéricos passam obrigatoriamente por testes de controle de qualidade como os demais e pelos testes de bioequivalência e biodisponibilidade, os quais comprovam que seus fármacos se comportam de maneira semelhante no organismo do usuário.
Já os medicamentos similares assemelham-se aos genéricos, porém, a maioria deles ainda não é submetida aos testes de bioequivalência e biodisponibilidade. A obrigatoriedade desses testes para os similares ainda está em fase de implantação no Brasil. Assim, não são considerados genéricos e são comercializados com um nome fantasia.
Fonte: Jornal Indústria e Comércio