Em caso de dor de cabeça frequente e desconfortável, é importante a recomendação obrigatória da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) presente nas caixinhas dos analgésicos comercializados sem receita: não desaparecendo os sintomas, procure orientação médica.
Na revista “Headache” deste mês, o médico Franz Riederer e colaboradores relatam o encontro de alterações do córtex cerebral pelo excesso no uso desses remédios, sugerindo alterações neurobiológicas.
A enxaqueca também foi abordada neste mês na revista “Annals of Emergency Medicine”. O médico Benjamin W. Friedman relata o atendimento de cerca de 1,2 milhão de pessoas anualmente em prontos-socorros norte-americanos –a doença atinge 18% das mulheres e 9% dos homens, segundo o texto.
O difícil diagnóstico de enxaqueca é feito com base nos sintomas clínicos, principalmente pelos neurologistas. Antigamente, a doença era relacionada a uma causa vascular.
Hoje, explica o especialista, estudos radiológicos avançados não sustentam essa causa e indicam uma alteração neurológica envolvendo estímulos periféricos transmitidos pelo sistema nervoso central.
Apesar de atualmente não haver exame laboratorial ou radiológico para confirmar o diagnóstico, uma resposta ao tratamento da dor não deve excluir a possibilidade de causa maligna para a dor de cabeça, explica Friedman.