Kisunla: Novo medicamento para Alzheimer é aprovado pela Anvisa e traz esperança aos pacientes

Um novo medicamento para retardar o Alzheimer acaba de ser aprovado no Brasil, trazendo esperança para milhares de famílias. A Anvisa liberou nesta terça-feira (22) o uso do Kisunla (donanemabe), o primeiro fármaco indicado para tratar o comprometimento cognitivo brando ou demência leve em estágio inicial.

O medicamento, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, já havia sido aprovado nos Estados Unidos em julho do ano passado. De acordo com a fabricante, o Kisunla demonstrou reduzir em até 84% as placas amiloides — que causam destruição dos neurônios — após 18 meses de tratamento. Além disso, o remédio retardou em até 35% o declínio cognitivo e funcional dos pacientes em comparação com o placebo.

O donanemabe foi avaliado em um estudo envolvendo 1.736 pacientes e, agora, pode ser distribuído e utilizado no Brasil, respeitando as indicações aprovadas pela agência reguladora.

Como o Kisunla age no cérebro?

O Kisunla é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amiloide. Na doença de Alzheimer, essa proteína forma placas que danificam o cérebro. O medicamento atua eliminando essas placas, retardando a progressão dos sintomas.

Contraindicações e efeitos colaterais

O uso do Kisunla é contraindicado para:

  • Pacientes que usam anticoagulantes (como varfarina);
  • Pacientes com diagnóstico de angiopatia amiloide cerebral (AAC) detectada por ressonância magnética.

Os efeitos adversos mais comuns incluem:

  • Reações durante a infusão (febre e sintomas gripais);
  • Dores de cabeça;
  • Anormalidades associadas à proteína amiloide.

Segundo Anne White, vice-presidente da Eli Lilly, “O Kisunla demonstrou resultados muito significativos para pessoas com Alzheimer sintomático precoce, que precisam urgentemente de opções de tratamento eficazes.”

Considerações finais

A aprovação do Kisunla pela Anvisa marca um avanço importante no tratamento do Alzheimer no Brasil, especialmente para pacientes em estágios iniciais da doença. Com novas opções terapêuticas, aumenta-se a expectativa de melhora na qualidade de vida e no controle dos sintomas.