“Você está cuidando da saúde do seu cliente ou só vendendo remédio com desconto?” A pergunta, que parece simples, revela um desafio invisível enfrentado diariamente por farmácias de todo o Brasil.
Segundo a especialista em marketing farmacêutico, fundadora e diretora da Publifarma, Jaqueline Lourenço, muitos gestores ainda acreditam que marketing se resume a redes sociais ou promoções, e ignoram o chamado “marketing silencioso”.
“Decisões e detalhes operacionais que impactam diretamente a percepção do consumidor, o desempenho da equipe e o relacionamento com a indústria”, avalia Jaqueline.
Confira, a seguir, os três principais pontos cegos da executiva da Publifarma caracterizados como marketing real e que todo dono de farmácia deveria começar a observar com atenção.
1. Fachada: a vitrine da reputação da farmácia
Antes mesmo do cliente entrar, a fachada já emite uma mensagem. “A fachada é um convite ou um afastamento. Simples assim”, pontua Jaqueline.
Dessa maneira, iluminação, conservação e estética influenciam diretamente na decisão de compra ou na desistência silenciosa do consumidor, que pode optar por um concorrente visualmente mais atrativo.
2. Limpeza e organização: pense que sua farmácia é um ambiente de saúde!
Ambientes sujos ou desorganizados geram insegurança. Produtos mal expostos, etiquetas tortas e poeira nas prateleiras afetam a credibilidade da farmácia, especialmente no segmento de saúde. “Esses detalhes transmitem descuido e afastam clientes de forma quase imperceptível, mas decisiva”, analisa a especialista da Publifarma.
3. Layout de loja: o caminho (ou a barreira) para a compra
A lógica de circulação do consumidor dentro da farmácia influencia diretamente no tempo de permanência, na experiência e nas vendas por impulso. Um layout mal planejado compromete tudo isso. “Um bom layout mostra ao cliente que você pensou nele e não só no seu estoque”, reforça Jaqueline, acrescentando que o marketing não é só divulgar: é desenhar uma experiência que envolva, oriente e encante o consumidor desde a porta até o balcão.
Mais do que estética: marketing é percepção e experiência
Além dos pontos citados, para Jaqueline, outros fatores que se conectam diretamente ao marketing da farmácia são:
- Atendimento acolhedor e bem treinado;
- Mix de produtos adequado à comunidade atendida;
- Identidade visual consistente e atrativa;
- Posicionamento claro da marca;
- Comunicação integrada entre canais físicos e digitais.
Outros pontos relevantes do marketing para sua farmácia
“Marketing é o que você desperta, não o que você imprime num panfleto.” Atenção à mensagem invisível que sua farmácia transmite.
Para Jaqueline, os maiores gargalos da farmácia não estão na prateleira, mas na forma como o negócio é percebido, tanto pelo cliente quanto pela indústria e pela distribuição. E a percepção nasce de cada detalhe, muitas vezes ignorado. “O marketing bem-feito transforma não só o jeito que a farmácia é vista, mas como ela é vivida”, reforça.
Assim, para quem está no comando de uma farmácia, buscar orientação estratégica deixou de ser uma opção para ser um diferencial competitivo. Isso porque, no fim das contas, os donos que crescem são os que entendem que não se trata de vender mais um produto, mas de construir valor o tempo todo.
Quando o marketing da farmácia é feito da forma certa, ele posiciona com clareza e propósito e os resultados se espalham por toda a cadeia. “A equipe vende com mais segurança, o cliente volta com mais confiança, o produto gira com mais eficiência, a indústria enxerga valor, e a saúde financeira da farmácia mostra os reflexos dessa transformação”, finaliza Jaqueline.
Fonte: Publifarma