Os gastos dos brasileiros com a saúde aumentaram 54% na última década, aponta nova pesquisa divulgada pela consultoria Data Popular.
As despesas com planos de saúde e medicamentos subiram de R$ 110 bilhões para R$ 169 bilhões. Somente os gastos com remédios representam 52% desse valor. Em 2002, o peso dos medicamentos era de 45%. O preço alto dos remédios acaba comprometendo o tratamento de muitos doentes, que não têm condições de segui-lo por falta de recurso.
Uma das saídas criativas para o problema é o PBM (Programa de Benefício em Medicamentos), que facilita o acesso da população aos remédios. “Num país em que grande parte da população enfrenta enormes dificuldades para ter acesso a cuidados médicos e onde os investimentos públicos na área da saúde são sempre insuficientes, a participação do setor privado se torna cada vez mais importante e indispensável”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM.
Pelo PBM, empresas oferecem aos seus funcionários subsídio para a compra de remédios em uma rede de farmácias credenciadas, garantindo cobertura que pode chegar a até 100% do valor – embora a média praticada seja de 53%. Hoje, no Brasil, mais de dois milhões de empregados recebem esta ajuda das empresas onde trabalham. Petrobras, Unilever, Nestlé, Oi e IBM são alguns exemplos de empresas que já adotaram o PBM. Mas, nos Estados Unidos, onde o subsídio é oferecido a funcionários desde a década de 1980, já são mais de 200 milhões de beneficiários.
Monteiro garante que todos saem ganhando com o PBM. “O funcionário passa a ter mais condições de seguir o tratamento medicamentoso prescrito pelo especialista e, consequentemente, a cuidar melhor da sua saúde; a empresa passa a contar com funcionários mais produtivos, diminui os números do absenteísmo e diversas despesas com a saúde dos empregados; o governo também reduziria gastos com problemas de saúde da população e com os afastamentos provocados por doenças do trabalho”, conclui.
Fonte: Sniff Brasil