BR Pharma diminui prejuízo até março

Brasil Pharma diminui prejuizo até marçoEm reestruturação desde o ano passado, a Brasil Pharma registrou certa melhora em alguns indicadores no primeiro trimestre, apesar da queda nas vendas, segundo relatório de resultados publicado ontem. A empresa ainda informou que o conselho de administração analisa neste mês propostas para tentar equilibrar sua estrutura de capital.

O grupo tem 1,2 mil farmácias e controla as redes Mais Econômica, Sant’ana, Rosário, FarMais, e Big Ben. Informações de mercado apontam para a necessidade de um aumento de capital por parte dos sócios de R$ 500 milhões. O banco BTG Pactual tem cerca de 37% do capital da BR Pharma.

Dados publicados ontem mostram que o prejuízo diminuiu, passando de R$ 185,2 milhões de janeiro a março de 2014, para uma perda de R$ 88,6 milhões no mesmo período de 2015. A margem bruta foi de 24,3%, versus 18,8% no mesmo intervalo de 2014 (26% no quarto trimestre).

A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação passou de um índice negativo de 15,4% para uma taxa negativa de 4,5%. As despesas com vendas, gerais e administrativas foram de R$ 250,6 milhões, versus R$ 292 milhões no ano anterior, passando de 31,4% da receita para 28,6%. Medidas têm sido tomadas nos últimos meses para reduzir gastos, estoques, ampliar a integração entre redes compradas e tentar aumentar eficiência.

A receita líquida sofreu retração de quase 4%, para R$ 819 milhões. As vendas “mesmas lojas” (em operação há mais de 12 meses) foi negativa em 6,3% – e também negativa em 7,7% considerando apenas as lojas maduras.

“Assim como no quarto trimestre, a comparação das vendas do trimestre foi prejudicada pelas atividades promocionais durante o primeiro trimestre de 2014, quando a companhia buscava ganhar eficiência com a redução do nível de estoques”, informa. “Esse efeito tende a diminuir já no segundo trimestre, à medida em que o efeito das promoções no ano passado é reduzido. Dentro desse contexto, a companhia vendeu menos , porém com forte recuperação de margem, em continuidade à tendência já observada nos dois últimos trimestres”.

A posição de caixa ao fim de março era de R$ 12,3 milhões, reduzida em R$ 23,7 milhões quando comparada ao trimestre anterior. Como consequência, a dívida líquida foi de R$ 803,7 milhões, aumento de R$ 118,9 milhões em comparação ao trimestre anterior.

O grupo ainda informou a eleição de Raul Aguilera, fundador da Big Ben, para o conselho de administração. Aguilera era um dos últimos sócios de empresas compradas pela companhia ainda com função no dia a dia do negócio. Foi um crítico ao formato de operação de varejo do grupo e administrava a Big Ben, ainda não totalmente integrada à BR Pharma.

Fonte: Valor Econômico