Recebeu um ofício do Farmácia Popular? Como responder sem comprometer sua farmácia

Receber um ofício do Ministério da Saúde solicitando documentos sobre vendas do Programa Farmácia Popular pode causar apreensão — e com razão. Nas últimas semanas houve aumento significativo no volume de notificações, e o padrão das solicitações mostra que o ritmo das auditorias voltou ao nível mais intenso dos últimos anos.

Mas não é apenas o ofício em si que define o risco: a forma como a farmácia responde é frequentemente determinante entre encerrar o caso sem penalidades ou enfrentar bloqueios, suspensões ou até descredenciamento.

Este post explica, de forma prática e direta, o que os auditores procuram, os erros mais comuns nas respostas e como estruturar uma defesa técnica que minimize riscos à sua operação.

O que a auditoria busca verificar

Quando o DenaSUS ou a coordenação do PFPB pedem documentos, o objetivo é confirmar a LEGITIMIDADE das vendas registradas no sistema. Em termos práticos, o cruzamento busca garantir que:

  • a venda tenha origem em estoque regularizado (notas fiscais de compra, entrada em estoque);
  • exista receita médica válida vinculada à dispensação;
  • a dispensação tenha sido feita por um estabelecimento credenciado e com cadastro ativo.

Esses checagens são automatizadas e combinadas com cruzamentos de CPF, dados de prescrição e notas fiscais — portanto, inconsistências mesmo pequenas são rapidamente sinalizadas.

Erros mais comuns ao responder um ofício

Muitas farmácias que estão em conformidade cometem deslizes na fase de resposta. Os problemas que mais complicam a defesa são:

  • Documentação incompleta ou em formato incorreto (arquivos ilegíveis, imagens cortadas, PDFs sem sequência);
  • Defesas genéricas, sem fundamentação técnica (ex.: “erro operacional”) sem evidência documental;
  • Ausência de controle documental (falta de índices, de relação organizada por paciente/nota/receita);
  • Envio de arquivos fora do prazo ou falta de confirmação de recebimento quando exigido.

Observação: uma resposta pobre costuma ter efeito prático igual ao de não responder — agrava o caso.

Riscos reais de uma resposta mal formulada

Quando a auditoria entende que as justificativas não são plausíveis ou que faltam provas, as consequências podem incluir:

  • bloqueio temporário de repasses do programa;
  • suspensão de participação nas vendas via PFPB;
  • processos administrativos longos, que podem prejudicar faturamento e reputação;
  • descredenciamento definitivo, nos casos mais graves ou reincidentes.

Além das sanções diretas, há impacto operacional e financeiro: perda de acesso aos beneficiários, retenção de valores e custo para readequação documental.

Como estruturar uma resposta técnica e segura (passo a passo)

  1. Leia o ofício com atenção — identifique exatamente o período, os CPFs/pacientes e os documentos solicitados.
  2. Monte um índice (planilha ou PDF inicial) relacionando cada venda/registro solicitado com os arquivos anexos (nota fiscal, receita, protocolo de atendimento).
  3. Digitalize corretamente: documentos legíveis, em ordem cronológica, com nome de arquivo padronizado (ex.: CPF_periodo_tipo.pdf).
  4. Forneça evidência cruzada: nota fiscal de compra → registro de estoque → ordem/receita → cupom de venda; mostre o fluxo completo.
  5. Elabore uma defesa técnica: explique procedimentalmente o que ocorreu (com base em documentos) e fundamente na legislação aplicável quando pertinente.
  6. Apresente medidas corretivas (se houve falha), como implantação de auditoria interna, treinamento da equipe ou atualização de sistema — isso reduz a severidade da penalidade.
  7. Registre protocolo de envio e solicite confirmação de recebimento; mantenha cópia de tudo que foi enviado.

O papel da prevenção

Responder bem ao ofício é vital — mas o ideal é reduzir a probabilidade de recebê-lo. Boas práticas preventivas:

  • auditoria interna mensal dos registros do PFPB;
  • digitalização e indexação contínua de receitas e notas;
  • treinamentos regulares da equipe sobre exigências do programa;
  • uso de ferramentas que facilitem o cruzamento documental (M2 Scanner, por exemplo).

Como a M2 Farma atua em casos de auditoria

A M2 Farma acompanha desde a análise do ofício até a defesa administrativa completa. Entre os serviços mais relevantes:

  • interpretação e escopo técnico do ofício;
  • organização e revisão documental antes do envio;
  • redação técnica da defesa conforme exigências legais;
  • orientação para implantação de controles internos que evitem reincidência;
  • acompanhamento em contato com o Ministério da Saúde quando necessário.

Nosso objetivo é garantir que a sua resposta seja clara, técnica e dentro do padrão que os auditores esperam — reduzindo chances de penalidades e protegendo sua operação.

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