Nos últimos dois anos, uma fusão ou aquisição foi anunciada a cada dois meses e, com isso, a concentração de mercado cresceu. Cerca de 50% das vendas estão nas mãos de grandes redes, 3% com supermercados e 47% ocorrem nas pequenas e médias farmácias.
A rede de farmácias Extrafarma, do grupo paraense Imifarma, negocia a venda de pelo menos 30% da empresa com quatro fundos de investimentos. Controlada pela família Lazera, de Belém (PA), a companhia mantém conversas com os fundos Texas Pacific Group (TPG) e Warburg Pincus, ambos dos Estados Unidos, com o Kinea, do Itaú, e com o 3i, da Inglaterra. A entrada de um sócio no negócio daria impulso para que a companhia, com 175 lojas, expanda sua atuação nas regiões Norte e Nordeste, onde já está presente.
Embora de médio porte, essa nova operação mostra que o movimento de concentração no setor de farmácias continua acelerado. A Profarma, uma distribuidora de medicamentos fundada no Rio há 51 anos, comprou três redes de farmácias nos últimos 13 dias. Juntas, Farmalife, Drogasmil e Tamoio somam 140 lojas e faturaram R$ 645 milhões em 2012, posicionando a Profarma entre as dez maiores varejistas do setor no Brasil.
Desde que anunciou a sua estreia no varejo, há duas semanas, as ações da Profarma acumulam alta de 31% na bolsa. Só ontem, após comunicar a aquisição da rede Tamoio, os papéis subiram 12%, comportamento que reflete um ajuste de avaliação do mercado em relação ao modelo de negócios da companhia.
Nos últimos dois anos, uma fusão ou aquisição foi anunciada a cada dois meses e, com isso, a concentração de mercado cresceu. Cerca de 50% das vendas estão nas mãos de grandes redes, 3% com supermercados e 47% ocorrem nas pequenas e médias farmácias.
Fonte: Valor Econômico