
A fatia de mercado dos genéricos pulou de 17% para 25% nos últimos quatro anos, tanto pelo preço mais em conta quanto pela redução do preconceito por parte do consumidor. Liberado em 1999 no Brasil, o comércio do produto ainda engatinha no País, principalmente se comparado ao dos Estados Unidos (80% do total de unidades), Alemanha (66%) e Reino Unido (60%), conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Progenéricos).
Para o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a tendência é que os genéricos continuem a ganhar espaço. “Ocorre anualmente a expiração das patentes de medicamentos inovadores, o que faz com que outros laboratórios possam lançar genéricos”, explica. “Com a queda da atividade econômica e da renda, o mercado também fica mais atrativo”, completa.
Os laboratórios farmacêuticos faturaram R$ 47,650 bilhões em 2014 e devem lucrar R$ 50,180 bilhões neste ano, diferença de 5,3%. No mesmo comparativo, o varejo deve passar de R$ 50,830 bilhões para R$ 54,180 bilhões (6,5%) e os distribuidores e outros, de R$ 26,590 bilhões para R$ 27,790 bilhões (4,5%). O coordenador de estudos do IBPT destaca, porém, que o aumento será nominal, mas com queda real de 3% devido à alta inflação.
Fonte: Folha de Londrina
