O faturamento das distribuidoras de produtos farmacêuticos avançou 17,11% nos cinco primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2014, de acordo com dados da Abradilan (associação do setor).
Em unidades vendidas, a alta foi de 11,74%.
Apesar do crescimento, o ritmo de expansão das receitas diminuiu. Em anos anteriores, costumava ficar na casa dos 20%, de acordo com o diretor-executivo da entidade, Geraldo Monteiro.
“Se olharmos apenas para o número, é um resultado bom, ainda mais se comparado com o desempenho da economia. Mas, em períodos anteriores, nossa alta era superior a 20%”, acrescenta.
O envelhecimento da população e o aumento dos gastos com cuidados pessoais e com saúde preventiva são os principais fatores que fazem com que as distribuidoras continuem avançando em um período de crise.
Para o ano, Monteiro projeta que o incremento das receitas fique entre 13% e 15%. Em 2014, as companhias associadas à entidade faturaram R$ 9,67 bilhões, o que representou uma expansão de 19,6% na comparação com o ano anterior.
Ao contrário de grande parte dos segmentos da economia, as distribuidoras de remédios não demitiram funcionários neste ano, ainda segundo o executivo.
“Não houve dispensas, mas as empresas estão sentindo o avanço dos custos”, afirma Monteiro.
“O setor de medicamentos tem preços controlados. Se a demanda retrair, as distribuidoras terão de rever esses custos e a demissão pode ser uma alternativa.”
Fonte: Folha de S. Paulo