Com verões cada vez mais quentes, o varejista deve estar o tempo todo atento à climatização da drogaria. Lojas quentes e abafadas afastam o consumidor; lojas climatizadas, ao contrário, são convidativas, levando o cliente a permanecer por mais alguns minutos. Durante esse tempo, as chances de ele comprar mais algum item são grandes, o que, no fim das contas, vai elevar o tíquete médio do ponto de venda.
“A climatização gera conforto para usuários e funcionários dos ambientes de varejo, além de melhor preservar as mercadorias do ambiente da farmácia”, diz o presidente do Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), o engenheiro Mário Sérgio de Almeida.
Segundo o especialista, as farmácias devem atender às recomendações da ABNT NBR 16401, principalmente no que se refere à qualidade do ar interior. A norma traz recomendações sobre parâmetros de temperatura, umidade relativa do ar, renovação de ar interior, velocidade do ar, filtragem do ar ambiente, além de outros importantes itens.
Para que a climatização seja 100% eficiente, é necessário que o projeto seja desenvolvido por um especialista, que levará em conta as normas vigentes da ABNT. “O projeto de ar condicionado deve ser elaborado por um profissional de engenharia mecânica, que garantirá que as normas vigentes serão atendidas, assim como a seleção correta de equipamentos de climatização eficientes em termos energéticos”, acrescenta Almeida.
No que diz respeito ao aspecto da economia de energia, a seleção dos equipamentos deve atender às recomendações do INMETRO quando da aplicação de aparelhos split. Nos ambientes de maior carga térmica, a recomendação de parâmetros está descrita no programa Procel Edifica ou em normas internacionais, como a ASHRAE 90.1, que estabelece requisitos mínimos para eficiência energética em edificações.
O Procel Edifica tem por objetivo desenvolver atividades com vistas à divulgação e ao estímulo à aplicação dos conceitos de eficiência energética em edificações, apoiar a viabilização da Lei de Eficiência Energética (10.295/2001), por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica), e contribuir com a expansão, de forma energeticamente eficiente, do setor de edificações do País, reduzindo os custos operacionais na construção e utilização dos imóveis.
Modelos mais modernos
Hoje em dia, o mercado oferece diversas opções de aparelho de refrigeração, com as mais variadas funções. São equipamentos com filtros que retém partículas de poeira, funções de qualidade do ar que eliminam fungos e bactérias, sem contar aparelhos com a tecnologia inverter.
Uma das principais diferenças da tecnologia inverter é que, enquanto os condicionadores de ar comuns trabalham com picos de energia, ligando e desligando o compressor quando necessário, ela permite operação com velocidade variável sem que o compressor desligue, fazendo com que o consumo e a temperatura fiquem ajustados. O consumo de energia com essa tecnologia chega a ser 40% menor.
Além de contar com a tecnologia, é importante também manter o filtro do ar sempre limpo. A sujeira acumulada no filtro acaba impedindo a passagem pura do ar e fazendo com que o aparelho tenha que trabalhar mais. Além disso, portas e janelas devem se manter fechadas. Por fim, a dica é evitar ao máximo a entrada de calor no ambiente. Para isso, ajudam as portas mecânicas ou automáticas.
Por: Viviane Massi ASCOFERJ