Os serviços farmacêuticos deixaram de ser tendência — hoje, são uma das principais estratégias de crescimento e fidelização no varejo farmacêutico brasileiro.
De acordo com dados recentes da Clinicarx (2025), somente no primeiro semestre deste ano foram realizados mais de 5,6 milhões de atendimentos, impactando cerca de 3 milhões de pacientes em 3 mil farmácias, com mais de 125 tipos diferentes de serviços clínicos sendo ofertados.
Esses números confirmam o que a prática já mostrava: o consumidor mudou, a farmácia mudou — e o cuidado em saúde ganhou protagonismo.
Três fatores impulsionam esse avanço:
Atualizações de normas, diretrizes e resoluções tornaram mais seguro e estruturado implementar serviços clínicos, desde procedimentos simples até testes e vacinas.
O paciente moderno busca rapidez, conveniência e resolutividade. E encontra tudo isso na farmácia — que está mais próxima e acessível do que qualquer outro ponto de cuidado.
Consultórios farmacêuticos, prontuários eletrônicos, plataformas clínicas e integração com sistemas deram um salto significativo de qualidade e profissionalização.
Com base nos levantamentos divulgados pela Clinicarx e análises setoriais do Guia da Farmácia, os serviços mais procurados incluem:
A busca por esses serviços tem relação direta com doenças crônicas, envelhecimento populacional e maior adesão a programas de prevenção.
Segundo análises setoriais, algumas tendências ganham força para 2025–2027:
A vacinação está entre os serviços que mais crescem.
O dado reforça a farmácia como substituto prático de clínicas privadas — especialmente em áreas urbanas.
Com aumento de demanda por diagnóstico rápido de síndromes respiratórias, diabetes e acompanhamento metabólico, os testes devem ganhar relevância.
A jornada de cuidado com retorno estruturado, acompanhamento de adesão e protocolos clínicos começa a se consolidar.
Teleatendimento e acompanhamento remoto já começam a entrar nos projetos de grandes redes, e devem chegar às independentes em breve.
Os dados são claros: segundo estudos citados pelo setor, pacientes que utilizam serviços:
Ou seja: serviço clínico não é só assistência — é estratégia comercial de alto impacto.
Alguns pilares são indispensáveis:
Sala, estrutura, documentação e adequação à legislação local.
Nem toda farmácia precisa oferecer todos os 125 serviços existentes — o ideal é começar pelos de maior demanda da sua região.
Treinamento é determinante para segurança, qualidade e retenção do paciente.
Se a farmácia não comunica, o cliente não sabe.
É necessário integrar presencial, WhatsApp, redes sociais e sinalização interna.
KPIs como retorno, ticket médio, recorrência e conversão mostram onde ajustar.
O mercado farmacêutico vive uma virada de chave.
Os serviços clínicos consolidam a farmácia como hub de saúde, conectando prevenção, diagnóstico e acompanhamento.
Para redes e independentes, o desafio é unir regulação, estrutura, treinamento e estratégia comercial — e quem fizer isso agora sai na frente.
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