O Ministério do Meio Ambiente define que a logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição.
Para que um consumidor possa comprar e consumir um produto, existe toda uma cadeia logística que extrai matéria-prima, leva até a indústria, transforma tudo em um produto e o leva até o comércio, onde possa ser comprado. Depois de comprá-lo e consumi-lo, muitas vezes resta um resíduo.
O aumento do consumo traz consigo a geração de resíduos sólidos urbanos e, muitas vezes, o gerenciamento desse lixo é realizado de forma incorreta.
O papel da logística reversa é garantir que o resíduo chegue em seu destino ecologicamente adequado. Para algumas cadeias de produção o resíduo poderá ser transformado e continuar sendo útil para alguém ou para algum processo produtivo. Outros resíduos trazem riscos para o meio ambiente e precisam ser incinerados. Por isso, não podem ser descartados no lixo comum, como é o caso de medicamentos.
O desperdício de resíduos passíveis de reutilização, reciclagem ou reaproveitamento é comum e muitos deles acabam indo parar em aterros e lixões. Assim, o Ministério do Meio Ambiente publicou em 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos direcionada para aterros e lixões.
Logística reversa de medicamentos
O termo logística reversa significa que o medicamento descartado pelos consumidores, terá o fluxo invertido, retornando ao longo de sua cadeia de produção e distribuição, para ter o seu descarte final ambientalmente adequado. Importante destacar que a abrangência para a logística reversa é de medicamentos domiciliares de uso humano, vencidos ou em desuso, e suas embalagens (MDVD).
Pelo Decreto nº 10.388, de julho de 2020, que regulamenta a PNRS, os consumidores devem descartar os medicamentos vencidos ou em desuso nas farmácias que têm coletores. Depois o produto é retirado pela distribuidora que o leva de volta para que os fabricantes e importadores se encarreguem de levá-los até um ponto de destruição em local ambientalmente adequado como incineradores, coprocessadores e/ou aterros sanitários de classe 1 homologados pelas entidades ambientais. Assim, os consumidores têm papel fundamental para garantir um descarte adequado dos medicamentos e suas embalagens.
Para conscientizar sobre o tema, a empresa de soluções personalizadas de armazenagem, transporte, gestão de estoques; Logmed, criou a campanha “Pratique o Descarte Consciente: você tem papel fundamental”, que conta com o apoio do Guia da Farmácia, da Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácia (Febrafar), da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa), do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), entre outros importantes nomes do setor.
Fonte: Guia da Farmácia