Maioria das franquias e farmácias no País ainda é nacional

bandeira_do_brasilA área de franquias é um setor responsável pela movimentação de mais de R$ 88 bilhões – montante esse arrecadado em 2011 -, sendo que o destaque fica por conta de empreendedores nacionais. A Associação Brasileira do Franchising (ABF), aponta que 92,6% das marcas que operam em sistema de franquias no País são brasileiras, contra apenas 7,2% de bandeiras internacionais.

Ao longo do ano passado, houve um crescimento significativo – de 106 para 164 – de empresas estrangeiras que passaram a operar em solo brasileiro. Segundo Rogério Feijó, porta-voz da ABF, a tendência é que isso continue a crescer. “Vimos mais de 50 marcas migrando para o setor no País, e aqui na ABF temos em torno de 40 estrangeiras estudando o setor”, disse ele, mas sem detalhar quais são essas empresas “por questões éticas da entidade”.

Ainda segundo informações do especialista em franquias, diferente do que ocorre no varejo convencional, no franchising os players estrangeiros costumam chegar já robustos fora de seu país-sede. “Eles já chegam grandes. Ao invés de iniciarem uma operação, eles podem comprar até redes que não atuam como franquias e transformá-las”, argumentou. Feijó, quando questionado quais redes estrangeiras estariam muito próximas de estrear no Brasil, mencionou como uma delas a norte-americana Walgreens. “Eles estão em vias de compra uma rede menor, que não atua com franquia. Acho que, na realidade, eles não querem chegar sozinhos, abrindo um novo ponto de venda”, explicou.

Vale ressaltar, que no ano passado, a Walgreens foi cogitada como compradora da rede Drogaria Onofre, mas foi a CVS Caremark quem levou a melhor na disputa pela marca brasileira. Na semana passada, a rede norte-americana anunciou a aquisição de 80% da empresa brasileira, fato esse visto como positivo por Sérgio Mena Barreta, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma). “Essa aquisição será positiva ao setor, pois pode ajudar a minimizar entraves de legislação e profissionalizar as operações do mercado interno”, disse ele, anteriormente ao DCI.

Barreta afirmou também que, no Brasil, o setor de farmácias e drogarias é basicamente concentrado em capital nacional, mas a vinda da CVS, por meio dessa aquisição, pode ajudar a atrair outros players .
“Nosso setor dobrou de tamanho de 2007 a 2012 tendo movimentando R$ 49 bilhões. A expectativa é que até 2017 o fato aconteça novamente. A expectativa é que o setor gire R$ 92 bilhões na economia”.

Fonte: DCI