Fabricantes de produtos de higiene pessoal e beleza procuraram drogarias para negociar tabelas
As primeiras conversas começaram no fim de 2014 e parte do aumento solicitado já está sendo repassado aos preços. Unilever, Procter & Gamble, L’Oréal e Johnson & Johnson propuseram reajustes para, pelo menos, três grandes cadeias de farmácias do País – Raia Drogasil, Pague Menos e Brasil Pharma.
Balanços de 2014 de algumas multinacionais do setor mostram que parte dos ganhos em receita líquida em mercados emergentes têm sido obtidos, especialmente, por meio de aumentos de preços.
As negociações com o varejo ocorrem num momento em que a indústria foi afetada pelo anúncio de tributação do atacado de cosméticos. Fabricantes do segmento que possuem braços de distribuição terão que pagar Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de 15% a 42%, sobre o portfólio vendido do atacado para a loja.
A demanda por certos itens de higiene pessoal é considerada inelástica, ou seja, ela pouco se move porque são produtos de primeira necessidade. Outros, do setor de cosmético, são interpretados como conquistas pela população, e podem demorar a sair da cesta, mesmo após reajustes. “Ainda há um forte apelos para produtos que tragam satisfação pessoal”, disse, na semana passada, o diretor de atendimento da consultoria Nielsen, Fábio Gomes da Silva.
Fonte: Valor Econômico