Em 2013, todos os segmentos apresentaram piora nos resultados
As perdas sofridas pelo varejo devido a roubos, furtos e problemas operacionais cresceram de 1,83% para 2,31% do faturamento líquido, entre 2012 e 2013, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). O estudo foi realizado ao longo de 2014, com base em dados colhidos no ano anterior, quando 5.202 lojas, entre farmácias, supermercados e pequenos varejistas, foram submetidos a um questionário.
O índice é preocupante, já que se mostra bem acima da média global, estimada em 1,36%. Inclusive a América Latina, que concentra países com economias menos desenvolvidas que a brasileira, apresenta resultados melhores, em torno de 1,6%.
De acordo com o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni de Angelo, o crescimento das perdas pode ser explicado por dois fatores. O primeiro deles se deve ao crescimento acelerado pelo qual o varejo brasileiro passou até o ano de 2013. “As vendas aumentaram muito, mas a estrutura de suporte não evoluiu no mesmo nível. Os investimentos em medidas de redução de perdas não foram à altura, porque previa-se que aquele crescimento acelerado não era sustentável”, explica.
Por outro lado, o registro do aumento de perdas também tem um lado positivo: indica que as empresas estão mensurando melhor seus prejuízos. Com uma compressão cada vez maior das margens de lucro, o varejista já percebeu que melhorar processos internos é o melhor caminho para seguir rentável. “Hoje, o crescimento se dá em relação aos concorrentes, não ao aumento da fatia do bolo. Por isso, evitar perdas se torna vital”, alerta Felisoni.
Fonte: Guia da Farmácia