Os medicamentos antialérgicos registraram um aumento de 34% nas unidades vendidas no período móvel de julho de 2024 a junho de 2025, segundo dados exclusivos da Interplayers.
No entanto, o cenário apresenta contrastes: no acumulado do primeiro semestre de 2025 (YTD), as vendas caíram 10%, refletindo possíveis ajustes sazonais e mudanças no comportamento do consumo.
Em faturamento, o período móvel teve alta de 27%, mas o YTD mostrou recuo de 6%, indicando que o mercado de antialérgicos ainda enfrenta oscilações após picos de demanda.
🗺️ Desempenho por região
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro concentraram 36% das vendas em unidades no período móvel, mas apresentaram comportamentos distintos:
- São Paulo: cresceu 35% em unidades e 31% em faturamento no período móvel. Já no YTD, teve queda de 5% em unidades e estabilidade de 1% no faturamento.
- Rio de Janeiro: apresentou alta de 46% em unidades e 37% em faturamento no período móvel, mas recuou 7% em unidades e 4% em faturamento no YTD.
Enquanto isso, estados como Piauí e Amapá registraram quedas expressivas.
- Piauí: retração de 5% no período móvel e 33% no YTD em unidades.
- Amapá: queda de 29% no faturamento móvel e 51% no YTD.
Em contrapartida, o destaque positivo ficou com Rondônia, que liderou o crescimento nacional com:
- +129% no período móvel e +171% no YTD em unidades;
- +56% no faturamento YTD.
Santa Catarina também apresentou bom desempenho, com avanço de 45% no faturamento.
💊 O que explica as oscilações
As variações regionais podem estar relacionadas a:
- mudanças climáticas e aumento de crises alérgicas em determinadas épocas do ano;
- estoques remanescentes de períodos anteriores;
- ajustes de preços e reposição de demanda após altas sazonais;
- ações promocionais e disponibilidade de medicamentos genéricos.
Esses fatores ajudam a entender por que, mesmo com alta expressiva em 12 meses, o primeiro semestre de 2025 apresentou retração.
📍Oportunidade para o varejo farmacêutico
Para as farmácias e drogarias, o cenário reforça a importância de:
- monitorar tendências de consumo regionais;
- adequar o estoque de acordo com a sazonalidade;
- fortalecer parcerias com distribuidores e PBMs para garantir melhores condições comerciais.
Com uma gestão estratégica, é possível aproveitar os períodos de alta demanda e reduzir os impactos durante as fases de desaceleração.
