O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (10), uma nova campanha para imunizar crianças e jovens entre cinco e 19 anos contra o sarampo.
Só nesta primeira fase, o Ministério da Saúde vai enviar aos estados quase quatro milhões de doses da vacina. A meta é imunizar três milhões de crianças e jovens que não tomaram as duas doses necessárias para se proteger.
“O que eu vejo é as pessoas não conhecerem, ou acharem que essas doenças não existem, que são coisas do passado e o vírus está aí circulando. A gente tem que alertar que essa negligência, esse esquecimento, essa falta de cumprir uma caderneta de vacinação, o preço pode ser a vida dessa criança”, alertou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O ministro também reforçou a importância da vacinação contra o sarampo por causa do risco do novo coronavírus.
“A gente sabe que esse vírus, ele pega normalmente pessoas que estão com a imunidade baixa, a pessoa que não está numa situação de imunidade ideal. E a vacina aumenta a imunidade, provoca o sistema imunológico e é um ganho extra a gente saber que a pessoa foi vacinada contra o sarampo, que você já elimina no período inicial aquele quadro clínico que pode eventualmente misturar, confundir com uma virose”, disse.
O ministério também decidiu manter a vacinação de bebês entre seis e 11 meses, a chamada dose zero. Essa dose de emergência foi colocada em 2019 no calendário de vacinação para proteger os bebês mais cedo, antes das duas doses normais, com um ano e um ano e três meses de idade.
O Pietro tem só nove meses e logo vai conviver com várias pessoas de fora da família.
“Ele tem que tomar as vacinas porque ele vai para a creche e tem que estar tudo em dia”, disse a mãe Carine Santos Souza.
Os casos de sarampo no Brasil diminuíram nos últimos meses, mas o vírus continua circulando e ele circula com facilidade. O sarampo é altamente contagioso. Por isso, em 2020, continua a estratégia: além de vacinar os bebês, fazer campanha para quem não tomou a vacina quando deveria.
Em 2019, o brasil teve 18 mil casos confirmados de sarampo. Mais de 16 mil deles no estado de São Paulo, principalmente na capital. Das 15 pessoas que morreram de complicações decorrentes do sarampo no país, 14 viviam em São Paulo.
Por isso, o estado quer vacinar muito mais gente do que o definido pela campanha nacional.
“Aquela criança de seis meses de idade até aquele adulto de 60 anos de idade precisam ir a uma unidade pública, consultar um profissional de saúde e verificar se o seu esquema vacinal, o seu histórico vacinal está adequado”, disse a diretora do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, Núbia Araújo.
Fonte: Jornal Nacional