A Icodec, insulina semanal da Novo Nordisk, poderá ser comercializada no Brasil após a aprovação da Anvisa ocorrida nesta quarta-feira, dia 5. A informação foi divulgada em primeira mão durante a conferência internacional para a imprensa, realizada no dia seguinte, que contou com a participação do Panorama Farmacêutico.
Segundo a companhia, ainda não há detalhes oficiais sobre a que público o medicamento atenderá, mas a expectativa é que, até o início da próxima semana, tudo já esteja elucidado. O preço do hormônio ainda será decidido pela CMED.
Insulina semanal já é utilizada em outros países
Segundo a vice-presidente da área médica da Novo Nordisk no Brasil, Priscilla Mattar, a insulina semanal já está presente internacionalmente. “Países como Austrália, Alemanha, Canadá, China e Japão já aprovaram seu uso”, afirma.
Com exceção da China, nos demais países, o hormônio foi aprovado para pacientes com diabetes dos tipos 1 e 2, sendo que o produto é especialmente interessante para o segundo grupo. “Nos testes, o risco de hipoglicemia foi ainda menor (em comparação com a insulina tradicional)”, afirma.
E essa não é a única inovação no radar da farmacêutica. Ainda em fase “bastante inicial de testes clínicos”, o laboratório trabalha com uma insulina de alta sensibilidade, que se ativa na corrente sanguínea ao identificar um pico de glicose.
Produção não será nacional
Apesar de manter sua maior fábrica de insulina da América Latina no Brasil, em um primeiro momento, a versão semanal do hormônio não será feita no país, afirmou Priscilla à reportagem. Entretanto, a Novo Nordisk não descarta trazer a produção para cá no futuro.
Outros temas da entrevista
O Panorama Farmacêutico também questionou a companhia sobre o abastecimento do Ozempic (semaglutida), que se mostrou inconstante em 2024. Segundo a vice-presidente da área médica, março marcará a normalização na oferta.
A farmacêutica também disse trabalhar para desestimular o uso off label do medicamento para o emagrecimento, além de tentar atuar para coibir falsificações e vendas ilegais de produtos roubados ou contrabandeados.
Fonte: Panorama Farmacêutico.