O profissional tem a missão de realizar atividades para prevenção de doenças e o uso racional de medicamentos.
Atualmente, um dos setores de grande crescimento na área farmacêutica é o de dispensação de medicamentos. Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF), hoje existem 80.000 farmacêuticos atuando no segmento. Quais são os desafios e dificuldades encontradas pelos farmacêuticos neste setor?
Quando o paciente chega à farmácia, ele busca compreensão, cortesia, simpatia e o grande conhecimento técnico do farmacêutico para esclarecê-lo e orientá-lo. Por isso, o profissional deve estar totalmente atualizado em seus conhecimentos. É necessário fazer um bom cadastro de seus clientes e enviar correspondências e e-mails com certa frequência, pois estar em contato é fator essencial para o sucesso.
Analisando a dispensação de medicamentos, o que gera preocupação ao farmacêutico é que: de um lado, existe a missão de realizar atividades para prevenção de doenças e o uso racional de medicamentos; de outro, há a necessidade de comercialização de medicamentos e manutenção do negócio. Pode-se afirmar que ambos os lados devem ter o mesmo peso para que o sucesso aconteça.
O desequilíbrio entre os interesses de saúde e os econômicos pode levar a empresa à falência ou “quebrar” a saúde. Ao analisar os proprietários de farmácia que não são farmacêuticos, percebe-se, em sua maioria, são leigos em questões de saúde, movidos exclusivamente pelo faro mercantilista. Isto pode criar um estabelecimento que fecha as suas portas para as questões da saúde e impede a devida atenção no atendimento à população.
Por outro lado, quando o proprietário é um farmacêutico, muitas vezes é inexperiente em ferramentas comerciais, como gestão empresarial, marketing, entre outras. Assim, ele abre uma farmácia e usa apenas o lado da dispensação (operação exclusiva e intransferível do farmacêutico, que deve ser feita cercada de todos os critérios técnico-científicos) e pode “quebrar” a empresa.
Qual a solução para se resolver este problema? Diretores do CFF entendem que a saída é a união dos dois interesses nas mãos do farmacêutico. Em outras palavras, a farmácia deve ser uma propriedade do farmacêutico, porém, como todos os farmacêuticos sabem, este é um sonho antigo que está longe de se realizar. Então, qual é a solução mais acertada para aquele farmacêutico que é funcionário de uma farmácia/drogaria?
Seguindo a recomendação do equilíbrio, a única saída é estar preparado para realizar a prescrição farmacêutica, ou seja, aproveitar esta nova atribuição e se aprimorar, pois sabendo realizá-la, as indicações de fármacos serão corretas e o paciente confiará no farmacêutico, gerando a fidelização do cliente e ganhos a médio e longo prazo. Assim, os lucros acontecerão não uma única vez por meio daquele paciente, mas sim de uma forma contínua. Um cliente, cedo ou tarde, perceberá quando for vítima de “empurroterapia” ou de indicações descabidas, e não retornará àquele estabelecimento.
Fonte: Guia da Farmácia