A Anvisa reforçou, por meio da Resolução-RE nº 4.424/2023, a proibição para que farmácias de manipulação fabriquem, manipulem, distribuam, comercializem ou divulguem preenchedores intradérmicos e outros produtos para saúde classificados como dispositivos médicos implantáveis.
Essa medida tem como objetivo aumentar a segurança dos usuários e garantir o controle sanitário sobre produtos de alto risco. Esses itens exigem condições específicas de fabricação, que só podem ser asseguradas por empresas certificadas com boas práticas de fabricação.
O que são preenchedores intradérmicos
Preenchedores intradérmicos são dispositivos médicos utilizados para fins estéticos e reparadores. Entre os principais compostos utilizados, estão o ácido hialurônico reticulado, a hidroxiapatita de cálcio, o polimetilmetacrilato (PMMA) e o ácido poli-L-láctico (PLLA).
Por serem produtos estéreis e com risco sanitário elevado, a Anvisa os classifica como dispositivos médicos implantáveis. Isso significa que sua manipulação não pode ser realizada por farmácias de manipulação, mesmo que haja prescrição.
Somente empresas autorizadas e com certificação em boas práticas de fabricação podem produzir esses itens.
Por que farmácias não podem manipular esses produtos
Segundo a Anvisa, a manipulação de preenchedores intradérmicos em farmácias é proibida porque esses produtos não são medicamentos individualizados, mas sim dispositivos médicos com características regulatórias distintas.
A produção desses itens exige ambiente controlado, materiais específicos e protocolos de qualidade rigorosos. Além disso, esses produtos devem ser devidamente registrados junto à Anvisa, conforme estabelece a RDC nº 751/2022.
Farmácias de manipulação podem produzir apenas medicamentos sob prescrição individual. A fabricação de dispositivos médicos só é permitida mediante o cumprimento integral de regulamentações específicas, como a RDC nº 925/2024.
Irregularidades e riscos
Fiscais da Vigilância Sanitária têm identificado irregularidades em estabelecimentos que fabricam e distribuem esses produtos sem a devida regularização. Essa prática compromete a segurança dos pacientes e fere diretamente a legislação vigente.
A Anvisa orienta que clínicas, consultórios e profissionais da saúde adquiram apenas produtos registrados e fornecidos por distribuidores ou fabricantes autorizados. O uso de preenchedores sem origem regular pode resultar em sérios riscos à saúde.
Como manter sua farmácia regularizada
Farmácias de manipulação devem atuar exclusivamente dentro dos limites legais. A manipulação de produtos proibidos pode resultar em interdições, multas e até ações judiciais.
É fundamental acompanhar as normas atualizadas da Anvisa e garantir que todos os procedimentos internos estejam de acordo com as exigências técnicas e legais.
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