Produtos com potencial de aumentar o tíquete médio da farmácia
Os nutricosméticos são cápsulas que contêm formulações que agem no corpo de dentro pra fora, como, por exemplo, nas camadas mais profundas da derme, onde cremes e loções não conseguem agir. Estes produtos têm alto valor agregado, com um grande potencial de aumentar o tíquete médio da farmácia. Por isso, investir na categoria, de maneira correta, é essencial.
O grande público consumidor desse tipo de produto, como detalha a gerente de marketing da Nutracom, Mariana Espindola, são as mulheres das classes A/B entre 30 e 50 anos de idade. Assim, a maior demanda está associada ao emagrecimento ou à ação anticelulite, porém já existe uma camada da população brasileira que faz o uso contínuo de algumas formulações para pele, cabelos e unhas.
Normalmente, as consumidoras optam por produtos que otimizam sua rotina de beleza. “Por isso incorporam itens que ajudam a melhorar o aspecto da pele e prevenir o aparecimento de rugas/linhas de expressão”, diz a gerente de marketing da IMEDEEN, Juliana Lian.
Como agem no organismo?
Os nutracêuticos agem complementando a necessidade diária que o organismo tem de diferentes vitaminas e minerais. Sendo assim, o paciente consegue um equilíbrio maior no metabolismo corporal, destaca a gerente da FQM Derma, Cinara Oliveira. Seus benefícios são comprovados por estudos científicos publicados. Os comprimidos podem conter, por exemplo, complexos biomarinhos em sua fórmula, além de vitamina C e zinco, que são reconhecidos antioxidantes que combatem os radicais livres. Os nutricosméticos também agem promovendo a hidratação e a luminosidade da pele, além de melhorar a estrutura e qualidade por meio do aumento da síntese de colágeno e elastina.
Consumo constante
A possibilidade de uso contínuo atrelado à satisfação do cliente com o resultado do produto geram fidelização da categoria, com tíquete médio alto, proporcionando o retorno do shopper ao ponto de venda periodicamente. Com pouco mais de cinco anos no Brasil, o mercado de nutricosmético torna-se cada vez mais relevante, com crescimento superior a 50% ano no volume de vendas, chegando à marca de R$ 240 milhões, apenas no canal farma. Atualmente, são oferecidas mais de 80 referências de 15 laboratórios diferentes, com preço médio atrativo ao consumidor.
Primeiramente, como explica a gerente de beauty da Nutrilatina, Jeanne Botelho Maciel, é necessário que o profissional conheça alguns conceitos básicos e que diferenciam os nutricosméticos de vitaminas, além de saber e entender que a demanda principal chega por intermédio dos dermatologistas ou de clientes que os querem utilizar, pois foram impactados por alguma mídia (em especial notas, reportagens de jornais e revistas
Cinara Oliveira, da FQM Derma, explica que a farmácia no Brasil precisa criar um espaço exclusivo para nutracêuticos, como já acontece no mercado americano e europeu. Por isso que investir em espaços diferenciados, com foco em nutricosméticos, para sinalizar a categoria, treinamento de qualificação da equipe interna de dermoconsultoras e possuir um mix de produtos adequados favorecem ao atendimento da compra, seja ela por meio da receita médica ou espontânea. É sempre importante lembrar que o tratamento com nutricosméticos é por tempo superior a seis meses para melhor obtenção de resultados.
Uma das formas de incrementar os resultados está em criar a venda casada com produtos correlatos, o chamado cross selling. “Um bom exemplo é expor os nutricosméticos para queda capilar e caspa, com os xampus antiqueda e anticaspa; assim como expor os que preparam a pele para a exposição solar, com os filtros solares etc.”, detalha a diretora-geral de Innéov no Brasil, Júlia Séve. Assim como na venda de outros produtos, as dermoconsultoras devem ser treinadas para esclarecer as dúvidas das consumidoras e orientá-las sobre o uso e funções de cada produto. “É preciso prestar atendimento personalizado, sugerindo produtos que complementem a rotina diária de beleza. Elas certamente fazem diferença na hora da compra e podem aumentar a rentabilidade”, finaliza Júlia.
Fonte: Guia da Farmácia