As vendas de medicamentos apresentaram recuo de 6,9% em junho, sobre o mês de maio, totalizando 251,5 milhões de unidades. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve crescimento de 7%. No acumulado do primeiro semestre, contudo, a expansão foi de 7,6%, com 1,491 bilhão de unidades vendidas.
Segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), a queda de junho foi reflexo da Copa do Mundo, com menos dias úteis por causa do evento. “As indústrias se estocaram em maio”, disse ele.
Em receita, as vendas da indústrias farmacêuticas alcançaram R$ 5,3 bilhões, 6,3% abaixo do resultado de maio. No primeiro semestre, contudo, o faturamento bruto das indústrias somou R$ 30,964 bilhões (sem considerar os descontos concedidos no varejo), alta de 13,2%. “A expectativa é de que o setor cresça 13% este ano”, afirmou Mussolini.
Segundo ele, as indústrias seguem pressionadas pelos custos, o que afeta a rentabilidade do setor. “O aumento do custo da energia e das embalagens (papelão e alumínio), além do dissídio de 7,5% da categoria (em abril), comprometeu as margens no primeiro semestre”, disse.
Genéricos – O segmento de genéricos continua sustentando a expansão. Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos) mostra que as vendas do segmento cresceram 11,5% em unidades nos seis primeiros meses 2014. Foram comercializadas 416,1 mil unidades, contra 373,1 no primeiro semestre do ano passado. Em junho, as vendas em unidades recuaram 8%, para 69,746 milhões, em relação ao mês anterior.
Segundo Telma Salles, presidente da Pró-Genéricos, a expectativa para o ano era crescer 20% em volume, mas, analisando o desempenho do setor nos primeiros seis meses, a estimativa foi revista para 15% de expansão. Em receita bruta, as vendas de medicamentos genéricos somaram R$ 7,5 bilhões no primeiro semestre, alta de 18,3% sobre o mesmo período do ano passado.
Fonte: Agencia Estado