Para Interfarma descontos reduzirão impacto do reajuste nos medicamentos

Uma resolução da Câmara de regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, fixou em 12,5% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos medicamentos. A decisão foi publicada no “Diário Oficial da União”.

A regulação é válida para um universo de mais de 9 mil medicamentos com preços controlados pelo governo. Em 2015, o reajuste máximo autorizado foi de 7,7%. Em 2014, o reajuste foi de 5,68%.

Segundo o presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), os descontos praticados pelo mercado devem influenciar o preço final do medicamento, reduzindo o impacto para o consumidor.

A entidade diz que no varejo farmacêutico, o abatimento médio é de 72% para genéricos e 16% para medicamentos de referência. “Como esse mercado é muito competitivo, os preços ficam sempre abaixo do índice de reajuste”, explica Britto.

É a primeira vez em mais de dez anos que o aumento autorizado pelo governo fica acima da inflação oficial, que foi de 10,36% nos 12 meses terminados em fevereiro. Segundo a Interfarma, a alta da energia elétrica e as variações do câmbio tiveram grande influência no índice deste ano.

Fonte: Jornal Metro