O Brasil vem numa crescente que reflete no bolso, no estilo de vida e na saúde das pessoas. A tendência é que a economia melhore e se estabilize. Com isso, o poder de compra do brasileiro será maior, a população cresce, o índice de desenvolvimento humano sobe, a expectativa de vida do brasileiro aumenta.
Os reflexos dessas mudanças serão vistos no mercado farmacêutico. Envelhecimento da população, crescimento do e-commerce, ascensão social são fatores que devem ser explorados estratégicamente a longo prazo.
O envelhecimento da população causará um foco maior nas doenças da terceira idade, nos tratamentos para hipertensão, diabetes, câncer, doenças psiquiátricas, doenças degenerativas e do Sistema Nervoso Central. O mercado farmacêutico deve se voltar mais a essas linhas de tratamentos, para se adequar às novas necessidades do novo perfil da população.
E ainda, com o aumento do poder de compra do brasileiro, principalmente das classes C e D, as pessoas poderão investir mais nos cuidados com a saúde, consumindo mais medicamentos e produtos farmacêuticos. Isso gera a oportunidade de crescimento do setor.
Tendo identificado essa direção, e vendo vantagem na expansão para essa fatia do mercado, as grandes redes vêm avançando nas pequenas cidades e nos bairros mais afastados das grandes cidades. Isso tem preocupado as pequenas redes locais e as farmâcias independentes, que temem pela perda de espaço.
Os pequenos empresários devem ver essa mudança como uma oportunidade de crescer. A solução para eles sobreviverem num ambiente de grande concorrência é se desenvolver. A mão de obra deve ser profissionalizada, os custos operacionais reduzidos. A postura administrativa deve ser atualizada, o sistema operacional deve ser adequado a um gerenciamento de estoque, vendas e preços mais eficaz e efetivo. Ainda nesse sentido, deve haver uma maior integração com distribuidores, negociando vantagens, descontos e parcerias. O relacionamento com os clientes deve ser intensificado, focando nas necessidades, na prestação de serviços e informações, e na excelência do atendimento.
Com essa maior concorrência, os descontos serão maiores, o que estimulará ainda mais o consumo. No entanto, a margem de lucro será menor, mas será compensada justamente pelo aumento no volume de vendas. Além disso, genéricos e similares devem ter uma maior penetração no mercado, tambem contribuindo nesse sentido.
Outra novidade no setor de atendimento, visando as necessidades do consumidore e seu conforto, são as vendas pela internet e o crescimento do delivery. As pessoas não querem mais sair de casa, do trabalho para ter acesso a comércio e serviços. Elas querem que comércio e serviço as atendam em casa, trazendo comodidade, comparação de preços e vantagens e evitando a perda de tempo.
O e-commerce tem essas características desejadas. Cada vez mais as empresas disponibilizam essa modalidade de compra para seus clientes, que cada vez mais preferem comprar dessa forma. Quem quiser sobreviver, deve se adaptar. A curto prazo há um gasto maior com desenvolvimento do websites, com divulgação dos novos serviços, com estruturação da entrega, dos preços etc. Mas a médio e longo prazo, o e-commerce gera menos custos operacionais, encurta processos e acelera as vendas.