Margem de 2019 tem ligeira queda em relação ao ano anterior, mas Ebitda cresce e confirma eficiência operacional do setor.
As 26 maiores redes do varejo farmacêutico nacional, filiadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), registraram um lucro líquido de R$ 1,09 bilhão, já descontada a provisão do Imposto de Renda. O valor correspondeu a uma margem de 2,04% sobre as vendas brutas, percentual ligeiramente inferior aos 2,34% de 2018. No entanto, o Ebitda passou de 5,70% para 6,46%.
Ainda de acordo com o levantamento, compilado pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), as vendas brutas aumentaram 8,9% e contabilizaram R$ 53,70 bilhões.
O custo de mercadoria, que antes equivalia a 67,56% desse montante, caiu para 67,16%. Em contrapartida, os impostos e contribuições diretas saltaram de R$ 1,7 bilhão para R$ 1,9 bilhão, enquanto as despesas operacionais chegaram a R$ 14 bilhões, contra R$ 12,9 bilhões de 2018.
“Por estar vinculada ao controle de preços de medicamentos pelo governo, a indústria farmacêutica pode ter diminuído a margem de negociações de custos com o varejo. Os números das grandes farmácias e drogarias, porém, vêm demonstrando uma sólida eficiência operacional e continua focado em novos investimentos”, argumenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma. “O setor conseguiu adequar seus valores e estruturas e, com essa decisão, garantiu a retenção dos consumidores e a manutenção dos indicadores positivos de vendas”, acrescenta.
CATEGORIA |
RESULTADO 2019 |
Vendas brutas |
R$ 53.701.157.192,52 |
Custo de mercadoria |
R$ 36.068.193.899,70 |
Despesas operacionais |
R$ 14.016.219.272,61 |
Impostos e contribuições |
R$ 1.960.335.413,43 |
Resultado Operacional |
R$ 2.264.614.146,46 |
Lucro antes da provisão do IR |
R$ 1.227.184.972,77 |
Lucro após a provisão do IR |
R$ 1.094.662.159,97 |
Margem de lucro |
2,04% |
* Fonte: FIA-USP