A XP Investimentos diz acreditar que as empresas tradicionais e as farmácias serão os principais destaques do varejo no segundo trimestre de 2021.
A gestora refere-se à safra de balanços, que já começou, e acrescentou que a reabertura iniciada em abril, bem como o Dia das Mães tenham contribuído para o segmento.
De acordo com o relatório, assinado pelos analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, os dois momentos específicos contribuíram para um ponto de inflexão em relação à tendência de consumo, o que beneficiou o varejo físico.
Também aponta que o impacto do reajuste de preços de medicamentos deve beneficiar o setor de farmácias, enquanto o e-commerce continuou sólido apesar da forte base de comparação.
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XP – Varejo
Os especialistas elencaram, ainda, que o varejo tradicional deve ser um destaque no setor uma vez que o afrouxamento das restrições combinada com a aceleração da vacinação levou a uma recuperação nas vendas para próximo ou até acima dos níveis de 2019.
“Nesse sentido, acreditamos que a Arezzo&Co., e a Vivara devem se destacar com forte crescimento de receitas e rentabilidade”, disseram.
E acrescentaram que as farmácias devem reportar fortes resultados uma vez que o trimestre irá refletir o aumento de preço de medicamentos (de 8% na média) enquanto as companhias possuem uma base fácil em relação à rentabilidade, dado que o aumento de preço do ano passado foi postergado para o terceiro trimestre.
E frisaram: “o afrouxamento das restrições e aumento da vacinação contribui para o aumento do fluxo nas lojas, especialmente em shoppings. Dessa forma, esperamos resultados fortes para todas as companhias da nossa cobertura.”
E-commerce
Conforme o relatório, em e-commerce, a gestora diz esperar resultados sólidos apesar da forte base de comparação com as companhias apresentar crescimento do canal online A/A mas desacelerando quando comparado aos trimestres anteriores, enquanto o varejo físico deve apresentar uma forte melhora sequencial com a reabertura.
“Vemos a Via como o destaque positivo, principalmente devido à aceleração do crescimento do seu marketplace, enquanto Mosaico deve ser o destaque negativo por conta de condições desafiadoras no trimestre”, informou o documento.
Também disseram: “finalmente, nós esperamos ver resultados mistos para o varejo alimentar. Como no caso de e-commerce, as companhias do setor possuem uma base muito forte de comparação no segundo trimestre de 2020 por conta do forte movimento de abastecimento pelos consumidores no início da pandemia enquanto os supermercados foram um dos poucos varejistas que permaneceram abertos durante o começo da quarentena”.
E concluíram: “nesse sentido, o varejo não-alimentar foi muito beneficiado, o que não foi o caso do 2T21. Dessa forma, nós esperamos ver resultados mais fracos para supermercados enquanto o Atacarejo deve se manter sólido uma vez que (i) os consumidores continuam comprando no canal; (ii) o canal não possui varejo não-alimentar, e (iii) o canal B2B (bares, restaurantes, transformadores e utilizadores) deve acelerar à medida que a reabertura e vacinação acelera. Portanto, acreditamos que o Assaí deve se destacar no segmento enquanto o Pão de Açucar deve ser o destaque negativo.”
Fonte: Olhar econômico