O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou, ontem, que a Administração de Alimentos e Medicamentos aprovou o uso do medicamento cloroquina, utilizado contra a malária, para o tratamento do novo coronavírus. No Brasil, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há pedidos de registro ou de estudos clínicos para o uso destes medicamentos no tratamento da Covid-19.
Embora a agência norte-americana não tenha informado a aprovação do medicamento, Pence informou que estão trabalhando “para aprovar o uso de remédios existentes contra a Covid-19”, e que já existem no país muitos estudos para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença, que, de acordo com ele, deve ficar pronta em cerca de um ano e meio.
O vice-presidente revelou ainda que o pacote discutido no Congresso inclui US$ 100 bilhões para hospitais, que deverão cancelar cirurgias eletivas. Pence disse ainda que o governo está expandindo o uso de testes para exame da enfermidade e que 250 mil norte-americanos já foram testados.
No Brasil, a Anvisa ressaltou que o medicamento cloroquina – ou hidroxicloroquina –, tem autorização de uso no Brasil somente para tratamento de artrite, lúpus, doenças fotossensíveis e malária.
Ainda de acordo com a agência, “não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19”, e reforçam que não há recomendação da Anvisa no momento para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação do novo vírus.
Deste que a cloroquina apareceu como possível medicação contra a Covid-19, a Anvisa decidiu passar a exigir apresentação de receita médica em farmácias para liberação do medicamento. O órgão afirma que a medida vai permitir que pacientes que já utilizam o medicamento não fiquem sem tratamento.
Fonte: Diário do Grande ABC