Os tratamentos tradicionais para doenças crônicas como o diabetes e a hipertensão seguem na liderança nas vendas de medicamentos no país, segundo levantamento da PróGenéricos, com base em dados da IQVIA. As informações são do Valor Econômico.
Segundo a lista geral, o Glifage XR (metformina da Merck) é o remédio mais vendido, contabilizando 131,8 milhões de unidades comercializadas nos cinco primeiros meses de 2025.
O recorte quando o assunto são os genéricos é um pouco menor, apenas de janeiro a abril, mas, ainda assim, mostra a relevância do controle das doenças crônicas. Com 56,4 milhões de caixas vendidas, a losartana é princípio-ativo mais comercializado.
Genéricos mais vendidos

Ranking de vendas de medicamentos mostra potencial do mercado
Apesar de ainda não figurarem entre os medicamentos mais vendidos do Brasil, para Tiago Vicente, presidente-executivo da PróGenéricos, o ranking demonstra a força do mercado de análogos do GLP-1. “Há 100 anos se morria de fome, e hoje em dia, se morre por problemas decorrentes da obesidade. Obviamente, isso inclui hipertensão e diabetes”, analisa.
Apesar desse nicho crescente, os dados ainda não mostram o protagonismo desses produtos. Na listagem da IQVIA, antes das canetas Saxenda (liraglutida da Novo Nordisk) e Wegovy (semaglutida da mesma farmacêutica), aparecem medicamentos mais maduros, como a metformina e a dapagliflozina.
“Há uma parcela da população que consegue pagar e vai eventualmente migrar para um medicamento com essas tecnologias”, avalia Rafael Freixo, sócio da L.E.K. Consulting, que aponta que essa mudança não leva em conta apenas a modernidade do tratamento, mas também seu acesso. Outra questão que trava a escalabilidade do produto é a sua disponibilidade intermitente.
Novo Nordisk reduziu preços do Ozempic e Wgovy
Pensando exatamente nesta questão do acesso, no começo do mês de junho, a Novo Nordisk anunciou que reduziria os preços de seus medicamentos à base de semaglutida : Ozempic e Wegovy. Além de tornar o remédio mais acessível, a farmacêutica também pretende combater os produtos irregulares por meio da redução do custo.
Todas as apresentações dos fármacos foram afetadas pela medida, que entrou em vigor no dia 2. A nova precificação pode ser praticada em lojas físicas e no e-commerce.
Fonte: Panorama Farmacêutico.