Dicas para o aumento do preço dos medicamentos pesar menos no bolso

Diante do aumento de até 12,5% no preço dos medicamentos da última quinta-feira (31 de março), já tem consumidor com dificuldade de encontrar produtos nas farmácias com os preços anteriores, apesar de os novos valores valerem para novos estoques. Além da inflação, as oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica influenciaram na elevação dos preços. Por isso, a PROTESTE Associação de Consumidores dá dicas para que o impacto no orçamento doméstico seja menor.

Pesquise em diferentes redes de farmácias e drogarias, e não deixe de pechinchar. Há diferenças mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra. Percebe-se grande margem de negociação e diversas farmácias e drogarias cobrem preços da concorrência.

Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. Mas, não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, pois há diferenças entre eles.

Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo e não pelo nome de marca. Assim, será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato. Mesmo se na prescrição do medicamento constar o nome de marca, é permitida a troca por medicamento genérico na farmácia, desde que seja feita por farmacêutico, que pode orientar o consumidor.

Pacientes que tratam hipertensão ou diabetes devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular. Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o programa oferece mais 13 tipos de medicamentos com preços até 90 % mais baratos, utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.

Há medicamentos cujos subsídios do governo permitem a redução de até 90% nos preços. Há uma série de farmácias e drogarias que participam do programa. Procure pelo cartaz exposto no estabelecimento. Para obter esses descontos, é preciso que o paciente leve a receita e tenha em mãos o CPF. Também há programas dos governos estaduais e municipais que subsidiam o tratamento com remédios.

Para quem tem doença crônica, também outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. A adesão é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificado nos rótulos dos produtos. O usuário se inscreve por telefone ou e-mail e passa a fazer parte do programa dos laboratórios que disponibilizam esse tipo de produto. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%, o que equivale em alguns casos aos preços das versões genéricas.

Caso prefira a compra online, cuidado para não ser vítima de medicamentos falsificados. Tome algumas precauções. Saiba que somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem fazer a dispensação de medicamentos por telefone ou internet.

O endereço eletrônico da farmácia deve ter “.com.br” e deve conter na página principal todas as informações do estabelecimento, como a razão social, endereço, CNPJ, horário de funcionamento, telefone, nome e número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Responsável Técnico e Licença ou Alvará Sanitário.

Devem ser informado telefone para contato com o farmacêutico, responsável técnico ou seu substituto, para orientações sobre o uso do medicamento. Seja cauteloso com os anúncios de produtos que prometem “milagres” relacionados ao emagrecimento ou à cura de doenças. As propagandas de medicamentos devem apresentar informações completas e equilibradas e não podem destacar apenas aspectos positivos do produto, quando se sabe que todo medicamento apresenta riscos.

Verifique se o medicamento anunciado possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois pode se tratar de um produto irregular ou mesmo de uma falsificação. O número de registro de medicamentos é iniciado pelo algarismo 1. As normas sanitárias que regula a propaganda de medicamentos também se aplicam aos anúncios na internet.

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Fonte: PROTESTE