O Ministério da Saúde (MS) informou em Julho que 86 medicamentos e outras substâncias estão em falta no país ou apresentam baixos estoques. Dessa maneira, então, a pasta fez um balanço das ações que estão sendo, então, adotadas pelo governo federal, mas não apresentou nenhuma nova medida.
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado o desabastecimento de uma série de remédios e insumos, como antibióticos, antialérgicos, anti-térmicos, soro fisiológico e contraste –utilizado para a realização de exames.
Das 86 substâncias, seis tiveram o preço liberado para venda acima do teto e, para outras 11, houve o pedido para que a alíquota da taxa de importação fosse zerada. Contudo, a análise cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesta sexta, o governo federal atribuiu o desabastecimento a diferentes fatores: ao lockdown na China e na Índia (adotado nos dois países para tentar conter a pandemia de coronavírus), à guerra na Ucrânia, ao aumento dos custos de produção e à escassez de matéria-prima.
Um dos produtos em falta é o contraste iodado, essencial para a realização de exames. Contudo, nos últimos dias, o ministério recomendou a “racionalização do uso” e o Governo de São Paulo encaminhou, então, um ofício à pasta pedindo providências imediatas para a regularização do abastecimento. O MS afirmou nesta sexta que a previsão é de que os estoques do produto sejam regularizados em setembro e que o problema foi causado, portanto, pelo lockdown na China, onde está o principal fabricante mundial.
O primeiro alerta sobre o desabastecimento de medicamentos foi feito por secretários estaduais e municipais de saúde em março, apontando para os baixos estoques de dipirona injetável e oxitocina. Desde então, a lista de produtos em falta vem, então, aumentando –não só em farmácias, mas também em hospitais. O ministério afirmou que tem se reunido com representantes da Anvisa e da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e que também elabora um relatório para enviar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A pasta também quis, portanto, reforçar que compra apenas parte dos medicamentos que são usados no Sistema Único de Saúde (SUS) e que não tem tido problemas com o estoque próprio.
Fonte: Diário do Litoral