A imagem retrata diversos produtos correlatos juntos.

Produtos correlatos: o que são e como vender mais com eles

Os correlatos fazem parte de uma categoria essencial para farmácias, drogarias e distribuidoras. Eles incluem itens que não são medicamentos, mas que apoiam o cuidado, a prevenção e diversas rotinas de saúde.

Esses produtos são comuns no dia a dia e ajudam a complementar tratamentos, organizar o mix de vendas e ampliar a oferta de soluções aos consumidores. Por isso, entender seu enquadramento é fundamental.

A Anvisa define quais itens são considerados produtos correlatos, estabelece normas de segurança e determina o que pode ser fabricado, distribuído ou comercializado no país.

Neste artigo, você vai entender o que são os correlatos, como ocorre a regulamentação pela Anvisa, quais são os principais tipos e por que eles são importantes para farmácias e distribuidoras. Continue a leitura para aprofundar o tema.

O que são produtos correlatos?

Os produtos correlatos são itens usados em cuidados de saúde, apoio diagnóstico e prevenção. Eles não são medicamentos, mas exigem atenção regulatória por influenciarem diretamente a segurança e o bem-estar do consumidor.

A categoria inclui desde materiais simples até dispositivos mais elaborados. Um exemplo comum é a gaze estéril, item básico usado em curativos e procedimentos de primeiros socorros.

Quando falamos em o que são correlatos, é importante lembrar que eles fazem parte dos produtos para saúde. Isso significa que seguem normas sanitárias específicas e precisam atender critérios de segurança, qualidade e desempenho.

A Anvisa avalia cada item considerando finalidade, risco sanitário, modo de uso e tecnologia aplicada. Esse processo determina obrigações legais e documentais para empresas que fabricam, distribuem ou vendem esses produtos.

Classificação dos correlatos pela Anvisa

A imagem mostra diversos produtos correlatos e medicamentos.

A Anvisa classifica os correlatos por categorias de risco. Essa classificação define todas as obrigações regulatórias que o produto deve seguir antes de chegar ao mercado brasileiro.

Existem quatro classes principais. Elas vão do risco mínimo ao risco elevado, considerando o impacto do produto na saúde ou no corpo do usuário.

Itens simples, como gazes e curativos, costumam ser enquadrados nas classes de menor risco. Dispositivos invasivos ou de suporte terapêutico entram nas classes mais altas.

Essa definição é essencial. Ela determina se o produto exige registro sanitário, cadastro simplificado ou outras etapas regulatórias obrigatórias.

Quais são os produtos correlatos mais comuns?

A categoria de correlatos farmácia engloba uma grande variedade de itens que fazem parte do mix de produtos de praticamente todos os estabelecimentos de saúde. Entre os mais conhecidos estão:

  • Curativos, gazes, ataduras e esparadrapos.
  • Termômetros, medidores de pressão e oxímetros.
  • Seringas, agulhas e materiais perfurocortantes.
  • Produtos para primeiros socorros.
  • Equipamentos de proteção individual.
  • Dispositivos para uso em tratamentos simples.
  • Itens para higiene e cuidado básico.

A categoria de correlatos farmácia reúne diversos itens usados no cotidiano de estabelecimentos de saúde. São produtos de alto giro e essenciais para atender diferentes perfis de clientes.

Por que os correlatos são importantes para farmácias e distribuidoras

Os correlatos ampliam o mix de produtos, aumentam o ticket médio e contribuem para um atendimento mais completo ao cliente. Eles complementam prescrições e atendem demandas do dia a dia.

Esses itens ajudam a gerar vendas recorrentes. Muitos consumidores compram correlatos com frequência, o que favorece o giro e reduz rupturas.

Eles permitem que o estabelecimento atenda diferentes necessidades sem depender apenas da venda de medicamentos.

Quando bem organizados e expostos, esses produtos aumentam a visibilidade e criam oportunidades de compras complementares no ponto de venda.

Regulamentação dos correlatos pela Anvisa

A regulamentação dos produtos correlatos segue regras específicas que garantem segurança, eficácia e rastreabilidade. Cada produto precisa ser enquadrado conforme seu risco sanitário, sua finalidade e as características técnicas que influenciam o uso em saúde.

Cadastro ou registro sanitário

O enquadramento depende da classe de risco do produto. Itens simples, como gazes e ataduras, geralmente precisam apenas de cadastro. Já dispositivos como inaladores, cateteres ou equipamentos elétricos exigem registro sanitário completo.

Cada tipo de correlato deve atender requisitos distintos de documentação técnica, como laudos, comprovação de desempenho e informações detalhadas de fabricação. Esses dados ajudam a validar segurança, funcionalidade e conformidade do produto.

Boas Práticas de Fabricação

Produtos correlatos precisam ser fabricados seguindo normas rígidas de Boas Práticas de Fabricação. Esses controles asseguram que cada item mantenha qualidade constante, independentemente do lote ou do processo produtivo.

Itens mais complexos, como dispositivos com partes eletrônicas ou materiais esterilizados, exigem validações adicionais. Isso inclui testes, certificações e monitoramento contínuo das condições de produção.

Rastreabilidade e documentação

Todos os correlatos devem permitir rastreabilidade completa. Informações como lote, data de fabricação, validade e origem precisam ser claras e acessíveis. Isso é obrigatório para facilitar investigações e prevenir riscos sanitários.

Produtos de maior risco, como seringas, agulhas e dispositivos invasivos, exigem controles ainda mais detalhados. Nesses casos, o histórico de distribuição precisa ser mantido por períodos maiores.

Rotulagem e instruções de uso

A rotulagem dos correlatos deve apresentar advertências, orientações de uso e informações técnicas essenciais. Esses dados ajudam o consumidor a utilizar o produto com segurança e reduzem riscos de aplicação incorreta.

Itens de maior complexidade, como aparelhos de pressão, inaladores ou medidores digitais, precisam incluir instruções mais detalhadas e advertências específicas sobre limitações de uso e cuidados especiais.

Obrigações dos estabelecimentos

Farmácias e distribuidoras devem garantir que apenas produtos regularizados sejam comercializados. Isso inclui verificar registro, checar cadastros e manter documentação organizada para eventuais inspeções sanitárias.

Cada estabelecimento precisa assegurar condições adequadas de armazenamento, especialmente para produtos sensíveis. Itens esterilizados, aparelhos eletrônicos e materiais de uso clínico exigem cuidados específicos de conservação.

5 Dicas: como vender mais produtos correlatos na farmácia

A imagem mostra diversos produtos correlatos, como algodão e fita crepe.

A venda de correlatos pode crescer muito quando o estabelecimento organiza os itens de forma estratégica, adapta a exposição ao comportamento do cliente e orienta corretamente o consumidor durante a compra.

1. Exposição organizada

A exposição deve facilitar a visualização do cliente. Itens de uso rápido, como curativos, gazes e ataduras, precisam ficar ao alcance das mãos em áreas de alta circulação.

A organização por categorias também ajuda. Produtos para primeiros socorros, autocuidado e monitoramento devem ser agrupados, criando uma navegação intuitiva dentro da farmácia.

2. Relacionamento com medicamentos

A venda aumenta quando correlatos ficam próximos aos medicamentos relacionados. Antissépticos combinam com curativos. Inaladores se relacionam com medicamentos respiratórios. Medidores de glicemia conversam com tratamentos para diabetes.

Esse posicionamento facilita compras complementares e reduz dúvidas, pois o cliente entende visualmente como o correlato apoia o tratamento que já está adquirindo.

3. Campanhas sazonais

Em períodos específicos, a busca por correlatos aumenta. Durante campanhas de vacinação, cresce a procura por algodões, curativos e itens de cuidado imediato.

Em épocas de doenças sazonais, produtos de monitoramento e prevenção ganham destaque. Esse movimento permite criar ações temáticas e melhorar a visibilidade dos correlatos no ponto de venda.

4. Treinamento da equipe

Uma equipe bem treinada entende como cada correlato funciona e quando ele é indicado. Isso permite orientar o cliente com segurança e aumentar as chances de venda complementar.

O conhecimento técnico também evita erros. Profissionais instruídos sabem diferenciar produtos semelhantes, identificar limitações de uso e oferecer alternativas adequadas.

5. Sortimento equilibrado

Manter variedade é importante, mas o sortimento deve priorizar itens de maior giro. Produtos como curativos, termômetros, seringas e objetos de primeiros socorros sempre apresentam demanda constante.

Itens de nicho podem ser incluídos conforme o perfil local do público. O equilíbrio evita estoque parado e mantém a reposição sempre eficiente.

Dúvidas comuns sobre produtos correlatos

Como identificar se um item é considerado produto correlato?

O enquadramento depende do uso pretendido. Se o item apoia diagnóstico, tratamento, prevenção ou cuidado em saúde, a Anvisa costuma classificá-lo como correlato. A finalidade é sempre o critério principal.

Todo correlato precisa ter instruções de uso?

Sim. Mesmo itens simples devem apresentar orientações mínimas, advertências e informações de segurança. Produtos mais complexos precisam trazer instruções detalhadas para garantir uso adequado e evitar riscos.

É permitido vender correlatos sem embalagem original?

Não. A embalagem original é obrigatória, pois contém dados essenciais de rastreabilidade, lote, validade e instruções de uso. A ausência dessa embalagem compromete a segurança do produto e a conformidade sanitária.

Correlatos têm prazo de validade?

Sim. Mesmo produtos não estéreis possuem validade definida pelo fabricante. Itens esterilizados, adesivos ou materiais absorventes exigem atenção especial, já que a perda da validade compromete segurança e desempenho.

Quais são os erros mais comuns na venda de correlatos?

Os erros mais frequentes incluem armazenar produtos inadequadamente, não verificar documentação regulatória, expor itens de forma incorreta e misturar categorias que exigem cuidados distintos. Esses problemas aumentam riscos e prejudicam inspeções.

O papel estratégico dos correlatos no dia a dia das farmácias

Os correlatos desempenham um papel estratégico no setor farmacêutico, pois ampliam a oferta de cuidados, fortalecem o mix de produtos e ajudam farmácias e distribuidoras a atender diferentes necessidades com segurança e eficiência.

Compreender a classificação desses itens, suas exigências regulatórias e as boas práticas de exposição permite construir uma operação mais organizada e aderente às normas sanitárias. Isso também evita riscos durante fiscalizações e melhora a experiência do consumidor.

O uso adequado das categorias de risco, a verificação de cadastro ou registro sanitário e a atenção à rotulagem ajudam a garantir que os produtos estejam sempre em conformidade com as exigências da Anvisa.

Estratégias simples de venda, organização do ponto de venda e capacitação da equipe contribuem para aumentar o giro, melhorar o atendimento e reforçar a confiança do cliente no estabelecimento.

Ao estruturar esses processos, farmácias e distribuidoras conseguem aproveitar melhor o potencial dos correlatos, oferecendo soluções completas e operando de acordo com as normas que regulam o setor de saúde.