Após o reajuste de 5% a 7,7% no Preço Máximo ao Consumidor (PMC) de medicamentos em abril, muitas farmácias ainda mantêm valores próximos aos praticados antes. O índice regula o teto a ser cobrado por remédios, mas, para atrair clientes, várias redes repassam apenas uma parcela do acréscimo para o consumidor final. Os dados são da MultiFarmas, plataforma que monitora preços do setor na internet.
Segundo David Almeida, sócio da empresa, a maioria dos varejistas limitou a alta em 50% a 70% do reajuste permitido. “Comprar pela internet ficou ainda mais interessante nesse momento, quando os e-commerces conseguem segurar o aumento”, explica David Almeida, sócio da MultiFarmas. Para as farmácias, manter os preços mais baixos significa conquistar novos clientes e fidelizar antigos. Em geral, a medida é adotada enquanto os estoques ainda não foram repostos.
O reajuste autorizado acentuou a disparidade de preços no mercado. O levantamento mostra que os itens que mais subiram após a medida foram o Proctan 25g, o Helioral 250mg com 60 cápsulas e o Bepantol Baby Vitaminas Pró B5 60g. Entre eles, a diferença entre os maiores e menores valores encontrados é de, respectivamente, 37,5%, 27% e 47%. “A variação exemplifica o quanto é importante pesquisar para garantir que os gastos com remédios tenham o menor impacto possível no orçamento familiar”, afirma o empresário.
David Almeida explica ainda que as farmácias devem começar a repassar o reajuste integralmente aos consumidores ao longo dos próximos meses. “Como esse processo varia de rede para rede, vale a pena ficar ligado em oportunidades de ofertas”, conta. Com média de dez mil acessos por dia, a pesquisa ainda registrou crescimento de 12% no tráfego no começo deste mês.
Fonte: Diário da Manhã